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Taxonomia de Bloom: Como utilizar no desenvolvimento das habilidades da BNCC?



Avaliar o aprendizado dos alunos é um desafio constante, especialmente com as mudanças significativas que ocorreram nos últimos anos. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) exige que as escolas brasileiras garantam o desenvolvimento de competências e habilidades essenciais para todos os estudantes. Uma ferramenta eficaz para alcançar esse objetivo é a Taxonomia de Bloom.


Este artigo detalha como a Taxonomia de Bloom pode ser utilizada no desenvolvimento das habilidades da BNCC, oferecendo um guia prático e fundamentado em pesquisas educacionais.


O que é a Taxonomia de Bloom?


A Taxonomia de Bloom foi desenvolvida pelo psicólogo educacional Benjamin Bloom entre 1948 e 1953. Trata-se de um sistema de classificação dos objetivos educacionais, dividido em três domínios: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio cognitivo, que se refere à aprendizagem intelectual, é o mais amplamente desenvolvido e utilizado em contextos educacionais. Ele é composto por seis níveis hierárquicos:


  1. Memorizar

  2. Compreender

  3. Aplicar

  4. Analisar

  5. Avaliar

  6. Criar


Esses níveis são organizados de forma crescente em complexidade, permitindo uma progressão lógica do aprendizado.


Taxonomia de Bloom: conheça as vantagens


Utilizar a Taxonomia de Bloom na educação oferece diversas vantagens:


  • Medir o conhecimento adquirido pelos alunos de maneira sistemática.

  • Planejar exercícios, avaliações e práticas pedagógicas com mais precisão.

  • Analisar as habilidades cognitivas, afetivas e psicomotoras de forma individualizada.

  • Acompanhar o desenvolvimento dos alunos de maneira contínua.

  • Estruturar um planejamento pedagógico mais personalizado.

  • Aumentar o engajamento nas aulas quando aplicada de forma ativa.

  • Promover uma avaliação mais efetiva e abrangente.


Habilidades da BNCC


A BNCC estabelece as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas em todas as escolas brasileiras, desde a educação infantil até o ensino médio. Ela divide essas aprendizagens em habilidades e competências.


As habilidades referem-se ao "saber fazer", ou seja, aos conhecimentos e capacidades específicas, como ler e escrever, resolver problemas matemáticos, entre outros. Já as competências são conjuntos de habilidades que se desenvolvem de forma integrada e harmônica, promovendo o crescimento pessoal e profissional do estudante.


Para assegurar que as habilidades da BNCC estão sendo desenvolvidas de forma eficaz, é essencial contar com ferramentas de avaliação e planejamento, como a Taxonomia de Bloom.


Como aplicar a Taxonomia de Bloom no desenvolvimento das habilidades da BNCC?


Aplicar a Taxonomia de Bloom no desenvolvimento das habilidades da BNCC pode ser feito de várias maneiras, tanto na construção de aulas quanto na elaboração de avaliações e exercícios. A seguir, apresentamos um guia prático para essa aplicação:


  • Criar planos de aula mais eficazes: Definir objetivos claros e alinhados com as habilidades e competências da BNCC, selecionar atividades adequadas e elaborar critérios de avaliação transparentes.

  • Elaborar avaliações mais abrangentes: Avaliar diferentes níveis de conhecimento, desde a memorização até a resolução de problemas complexos, e identificar as áreas que precisam de mais atenção.

  • Fornecer feedback mais direcionado: Oferecer aos alunos feedback detalhado e personalizado, destacando seus pontos fortes e áreas a serem melhoradas, e orientando-os em seu processo de aprendizagem.

  • Promover o aprendizado individualizado: Atender às necessidades individuais de cada aluno, considerando seus diferentes estilos de aprendizagem e ritmos de desenvolvimento.

  • Engajar os alunos no processo de aprendizagem: Tornar os alunos participantes ativos da construção do conhecimento, incentivando-os a refletir sobre seu próprio aprendizado e a buscar sua autonomia.


Exemplos Práticos


Mas como a Taxonomia de Bloom pode ser usada na vida real? Aqui estão alguns exemplos:

  • Português: Em vez de apenas memorizar palavras de vocabulário, os alunos podem escrever poemas, histórias ou redações para demonstrar sua compreensão e criatividade.

  • Ciências: Em vez de apenas seguir instruções de laboratório, os alunos podem projetar seus próprios experimentos, analisar dados e tirar conclusões.

  • Matemática: Em vez de apenas resolver problemas rotineiros, os alunos podem criar modelos matemáticos para resolver problemas do mundo real.


Conclusão


Desenvolver as habilidades exigidas pela BNCC pode ser desafiador, mas a Taxonomia de Bloom oferece uma estrutura eficaz para esse processo. Ao aplicar essa taxonomia de maneira sistemática, os educadores podem criar avaliações e atividades mais alinhadas com os objetivos educacionais, proporcionando um desenvolvimento mais completo e integrado dos alunos. Ferramentas tecnológicas, como a plataforma Jovens Gênios, podem facilitar ainda mais essa tarefa, permitindo uma avaliação contínua e personalizada do progresso dos estudantes.


Referências Bibliográficas


  • Anderson, L. W., & Krathwohl, D. R. (2001). A Taxonomy for Learning, Teaching, and Assessing: A Revision of Bloom's Taxonomy of Educational Objectives. Longman.

  • Bloom, B. S. (Ed.). (1956). Taxonomy of Educational Objectives: The Classification of Educational Goals. Handbook I: Cognitive Domain. David McKay Company.

  • Brasil. Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC.

  • Marzano, R. J., & Kendall, J. S. (2007). The New Taxonomy of Educational Objectives. Corwin Press.


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